sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Games e religião


Games e religião

97% dos jovens dedicam-se a jogos de computador ou videogames.
40% dos jogadores são mulheres.
68% dos jogadores tem até 18 anos.
33% jogam nos celulares.
Os tempos mudaram.
Os jogos do passado (dominó, damas, batalha naval, pega-varetas, etc) cederam lugar a jogos com mais cores, sons e ação. O avanço e barateamento da tecnologia, assim como a violência das ruas tem levado as pessoas a gastarem mais tempo e dinheiro no mundo digital do que no real.
Esse mercado evoluiu tanto que algumas crianças fazem parte do que se chama  “gamer profissional”. São meninos e meninas com menos de 20 anos que treinam até 14 horas por dia para disputar campeonatos mundiais que podem premiar em até 1 milhão de dólares.
Se por um lado mudou o comportamento das pessoas em relação aos jogos, por outro os princípios divinos continuam os mesmos e precisam ser levados em consideração no momento da escolha  do tipo do jogo e do tempo gasto nele.
Dicas para pais e educadores
Outro aspecto que preocupa muito os pais é a facilidade com que filhos se tornam viciados nos games. Isso pode acontecer por vários fatores.
Muitos pais preferem  deixar seus filhos diante do videogame por medo da violência urbana. É mais fácil saber onde eles estão e o que estão fazendo, ou seja, desse modo, evitam os “riscos da rua”. Mas essa opção tem um preço. Se eu fizer de meu filho um prisioneiro dentro de casa e só lhe oferecer o videogame como opção de lazer é quase inevitável que ele se “vicie” nessa atividade. Alguns pais esquecem que sua função inclui a tarefa de colocar limites e criar variadas atividades saudáveis aos seus filhos[4].
Então aqui vão algumas dicas que podem ser úteis:
Os jogos obrigatoriamente têm faixas etárias sugeridas. Isso pode indicar o que é saudável ou não para uma determinada idade.
É importante ter em mente que para tudo na vida a moderação é fundamental. Portanto é necessário regular o tempo que a criança fica exposta a esse tipo de atividade.
Não se pode esperar  que crianças e adolescentes fiquem longe dos games se não tiverem outras ofertas de atividades. Por isso, crie formas alternativas de lazer para seus filhos.
O jogo pode facilitar o aprendizado, mas é importante que se busquem outras atividades construtivas com interação humana.
Falando de games e religião
Leia também:
Não espere encontrar muitos jogos religiosos no mercado, mas será fácil encontrar a religião dentro de muitos games. Boa parte deles traz embutidos conceitos e alusões ao misticismo, violência, imortalidade da alma e sensualidade.
É importante entender que a linguagem dos jogos é bem parecida com a dos filmes. O mais importante não é aquilo que se vê, mas a sensação que se experimenta, a ideia que permanece gravada na mente depois que o estímulo acaba . A emoção que o jogo vai despertar no jogador ou a mensagem que vai ser assimilada na mente é mais importante que a mecânica, atores ou o design.
Muitos jogos são histórias ou narrativas em que o jogador é o personagem principal. Enquanto percorre a história, ele interage com o ambiente  e outros atores. Para vencer fases ou conquistar pontos, em alguns casos, ele precisa desenvolver habilidades de matar, roubar e/ou mentir.
Como cristãos precisamos usar os princípios bíblicos para a escolha dos jogos, da mesma forma que já fazemos com as outras mídias como os livros, TV e Internet.  O tempo que vamos dedicar a essa atividade também deve ser equilibrado.  Mesmo os bons jogos podem viciar.
 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é venerável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, seja isso o que ocupe os vossos pensamentos”. Filipenses 4:8
[1] Mcgonigal, Jane. A Realidade em Jogo.  Editora Best Seller. (Rio de Janeiro, 2011), p.17.


Carlos Magalhães

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