quinta-feira, 31 de julho de 2014

Teias, ocultismo e outros heróis

Teias, ocultismo e outros heróis


A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu
corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo será tenebroso. Vê, pois, que a luz que em ti há não sejam trevas.” Lucas 11:34-35


Entre o final dos anos 50 e início dos anos 70 a América teve um grande debate moral sobre o efeito dos quadrinhos. Naquela época, psiquiatras acusavam os quadrinhos de perverterem a juventude. O debate gerou um programa de censura que durou por alguns anos e reprimiu cenas de apelo sensual, sexual e violência excessiva. Este movimento levou a indústria dos quadrinhos quase a falência.
Stan Lee, o criador da maioria dos personagens da Marvel Comics em seu documentário, no tempo 20:15 minutos[1], é entrevistado por um repórter em 1975: “O senhor acredita que existe algum perigo em mostrar aos jovens imagens de quadrinhos com personagens como Capitão América, o Hulk e assim por diante?” Stan responde: “Não, não, não é mais perigoso do que ler contos de fadas ou a Bíblia”.
Não vou abrir a discussão se os quadrinhos influenciam ou não o comportamento sexual ou agressivo dos jovens, este não é meu tema neste artigo, mas o que Stan quis dizer? Que a Bíblia e contos de fada são a mesma coisa?
Este é o tipo de coisa que realmente deixam um cristão com a ‘pulga atrás da orelha’ com os quadrinhos e filmes de heróis! Stan é um judeu, por isso é difícil pensar que mesmo um não praticante do judaísmo teria uma visão tão minimalista das escrituras de seu povo. Por outro lado sua declaração coloca a Bíblia, um documento histórico para cristãos e judeus praticantes, ao nível dos gibis, ou seja, seu conteúdo é apenas fábula para crianças inventada pra vender! É isso que queremos que nossos jovens pensem da palavra de Deus?
A Marvel reconhece (tempo 52:20m do vídeo) que realmente influencia de crianças a universitários. Eles reconhecem que influenciaram para o bem a cultura pop americana abordando temas como racismo, através de seus personagens como Pantera Negra, Falcão e X-Men, e podemos concordar que isso é nobre! Mas será que os quadrinhos e heróis foram só uma boa influência?
Numa reação à censura dos quadrinhos, em 1961 Stan Lee criou o Quarteto Fantástico. O quarteto era a estória de astronautas que adquiriram poderes especiais e não usavam máscaras ou uma identidade secreta. Em dias de corrida espacial e numa América acostumada a visualizar a família, o quarteto foi um estouro de vendas. Pela primeira vez os dramas emocionais e familiares foram retratados de uma forma mais adulta e isso desencadeou uma nova onda de personagens e um novo estilo.
Houve uma identificação imediata do público e os anos 60 deram origem a boa parte dos mais famosos personagens do universo Marvel sob o conceito de fazer heróis com ‘falhas’ de personalidade e caráter. Menos idealismo e mais realismo foi a fórmula que deu a atual popularidade dos super-heróis. E qual seria o caráter espiritual destes personagens?
 

Segundo seu relato autobiográfico para o History Channel[2], Stan Lee criou o Hulk inspirado nas histórias de Frankstein, um mostro morto vivo (o que é espiritismo misturado com pseudociência) e também baseado na famosa estória da múltipla personalidade de ‘O Médico e o Monstro’.

Bruce Banner é um pacato cientista dominado por uma personalidade chamada Hulk no qual ele se transforma. Mas embora transforme e use o corpo de Banner, o Hulk trata Banner como outra pessoa. Hulk é uma pessoa diferente de Banner e alguns analistas dos quadrinhos chegam a chamar as manifestações do Hulk em Banner de ‘encarnações’ alegando que existem múltiplas personalidades do Hulk como um Hulk Cinza, um Hulk Selvagem e etc.

A encarnação final, que deve ser discutida aqui é o Hulk Diabo. O Hulk Diabo é muito o que parece. Ele é uma criatura de puro mal, representando todos os pensamentos e os desejos mais sombrios de Banner .[3]
Bruce Banner é um homem possuído por um ser destrutivo e monstruoso! Como ele controla isso? Em alguns filmes é com meditação oriental. Hulk é na verdade a ficção sobre um homem possuído, até porque sabemos que radiação é mortal e não transforma alguém num super-humano.

O Homem de Ferro é a pretensa fé de que a ciência humana pode resolver qualquer problema. Até mesmo enfrentar deuses como Thor e Loki! Tony Stark é fútil, alcoólatra e promíscuo. É a imagem de que o dinheiro compensa tudo e um bad-boy pode até se orgulhar do que é. Atualmente é um líder e um dos principais nos Vingadores.
E como personagens humanistas e científicos como o Homem de Ferro podem coexistir com um deus mitológico como Thor? No mundo Márvel, magia é só um tipo de tecnologia desconhecida e Thor é ao mesmo tempo um deus nos quadrinhos e na versão do cinema um alienígena com grande longevidade aos moldes de Erick Von Diken e os ‘Antigos Astronautas’ que visitaram a Terra primitiva conforme sua teoria. Mais pseudociência!
Viúva Negra mostra que a mulher moderna é independente, profissional e segura, é claro, mentirosa e sedutora. Será que existe alguma heroína velha ou de meia idade? Alguma gorda? Alguma heroína feia? Elas sempre são jovens, aliás eternamente jovens, voluptuosas e sensuais com roupas degotadas ou colantes. Por que será?
Talvez o maior dos personagens criados por Lee e a Marvel tenha sido o Homem-Aranha. Baseado em sua própria juventude e seu namoro com sua esposa, Stan Lee criou Peter Parker, um fotografo com problemas financeiros, introvertido, desajeitado e apaixonado por uma modelo. Esse pós adolescente NERD passa por um acidente se tornava o Homem-Aranha.
Homem-Aranha trouxe uma gama de vilões que eram pessoas geniais que se acidentavam e se tornavam bandidos! Dr. Octupus, Lagarto, Electro, Homem-Areia são todos vítimas. Até onde alguém era responsável pelo seus atos, tendo tido histórias que os moldaram em bandidos?
Aparentemente o próprio Parker teve que responder isso e o conselho de seu fictício tio entrou para a boca dos jovens como um mantra: ‘grandes poderes, grandes responsabilidades!’. Esse é o tipo de coisa que faz o sucesso dos super-heróis e não é ruim em si, mas olhando melhor, algo assustador começa a ficar implícito nas cenas.
Homem Aranha foi um fenômeno nos cinemas,
No filme em que combate o Duende Verde, o duende não tem relação alguma com tecnologia, mas é o símbolo do inimigo do Aranha. Um duende é um ser mitológico associado quase sempre ao mal, a mentira e ao engano. Duendes espíritos do mau, são como goblins, um ser mitológico cujo nome parece ter evoluído da palavra grega Kóbalos, que significa ‘enganador’. Ora, não existe tais seres, mas existem anjos caídos ou espíritos de demônios que são enganadores!
No filme, o Duende é um homem que usa uma armadura com aparência de duende. A tia do homem aranha é uma velhinha que está orando o Pai nosso, quando diz a frase ‘livra-nos do mal’ é como se Deus não ouvisse a oração dela. O duende destrói a parede e ataca a velhinha. Qual é o ensino? Orar é inútil e coisa de pessoas velhas, supersticiosas e ignorantes?

No terceiro filme, Parker é possuído por um alienígena simbionte que se apossa de seu corpo, produzindo o uniforme negro do Homem-Aranha, mas o deixa perverso e violento. Veja a semelhança com a possessão demoníaca!
Parker decide se livrar da criatura que domina sua vontade e vai até uma igreja onde descobre acidentalmente que o som dos sinos faz aquele ser se soltar de seu corpo. Logo abaixo dos sinos há um rapaz que é seu inimigo profissional no ramo da fotografia, ele perdeu o emprego por causa de Peter Parker e pelo incrível que pareça está orando ‘Senhor, atende meu pedido, quero destruir Peter Parker’. Por que alguém gostaria de mostrar a oração como o ódio? Por que aquele que ora será mostrado como vilão?
Na próxima cena o ‘simbionte’ se solta do Homem-Aranha e como que atendendo a oração do jovem revoltado, a criatura cai sobre ele, o possuindo dentro da igreja e o transformando no monstro Venon. Há um simbolismo inegável aqui! O Diabo possui as pessoas influenciando sua violência, então religiosos são pessoas intolerantes e odeiam as pessoas. Para esse simbolismo transmitido na mensagem do filme, o que chamamos de Deus é o verdadeiro inimigo que cai e possuí esta pessoa. Essa é a premissa básica dos seguidores do Satanismo onde Deus é o mal e Satã é nosso libertador. Não admira que a maior calúnia com a qual os novos ateus defendam sua tese é que religião e igreja são geradores de intolerância e violência! Nossos filhos estão sendo educados para odiar a religião.
No universo de personagens Marvel temos outros super-heróis que lutam pelo bem, com intrigantes origens justificadas no Satanismo. Basta uma rápida pesquisa nas sinopses dos filmes e no perfil dos personagens em algum site como wikipedia ou sites de quadrinhos e descobrimos coisas interessantes.
Motoqueiro Fantasma que foi ao cinema vivido por Nicolas Cage é um motoqueiro que vende a alma para o Diabo e depois, a serviço dele combate alguns demônios que se rebelaram contra o próprio Diabo. Seu poder vem de quem? De Satanás.
A mesma ideia de mal combatendo o mal está em Blade que no cinema foi interpretado por Wesley Snipes e fez grande sucesso. Blade é um meio homem, meio vampiro que se dedica a perseguir estes seres ditos como imortais. Vampiros tem
igualmente todas as características dos demônios e endemoniados, mas em Blade não há religião, o vampirismo é a evolução.

Demolidor, estrelado por Ben Afek é um herói humano e cego com super-audição que se veste de vermelho usando uma máscara com pequenos chifres. Seu nome em inglês é Deredevil, que significa ‘demônio ousado’. Sua profissão quando sem máscara é como Matt Murdock um acusador, ou seja, um promotor ou advogado. Seu nome completo é Matthew Michael Murdock (Michael sig. ‘quem é como Deus’). Ele é retratado como extremamente católico.
O Homem-Aranha faz sempre o sinal do ‘chifrudo’ com os dedos para acionar suas teias, mas curiosamente este também é o sinal mágico que um herói do bem chamado Dr. Estranho faz para poder acionar seus encantamentos mágicos. Dr. Estranho criado por Lee e Dicto, os mesmos criadores do Aranha é a história de um médico que se torna o maior mago de todo universo Marvel. Ele invoca espíritos e luta com demônios, bruxos e espíritos dos mais diversos. Seus poderes foram adquiridos de seu treinamento com místicos do Tibet. Seus poderes são telepatia, mesmerismo, ilusão, mágica, incluindo magia negra.

Magia negra? Mas ele é um herói? Sem problemas, aqui os demônios são os heróis. Sua aparência é curiosamente parecida com seu autor Stan Lee, magro, auto, alguns cabelos grisalhos e bigode. Sua roupa está coberta de símbolos ocultistas.
Em 55minutos de seu documentário, Stan menciona que os universitários tem o surfista prateado como um dos mais populares e que o interpretam como um tipo de personagem da cultura judaico-cristã. Veja a descrição que um blog sobre quadrinhos faz sobre este personagem:

Imagens religiosas sempre foram uma parte importante da história simbólica do Surfista Prateado. Quando o Surfista se rebelou contra Galactus, e atacou seu mestre, Galactus respondeu levantando a enorme mão diante dele e lançou feixes de luz, e bolas de fogo titânicas, sendo mostrado vindo de fora do painel, acima do Surfista, vindo de seus dedos. Mais tarde, quando Galactus lança Surfista de sua presença, ele o faz por explodi-lo com feixes de luz,e sua figura, sinistra e sombra, fica no fundo. Fogo vindo dos céus, a mão de Deus, raios, são todas as formas de imagens religiosas. A outra história, apresentando a origem do Surfista, o humanóide alienígena Norrin Radd, renasce dentro da mão de Galactus como o Surfista Prateado, ajoelhando-se e orando. Na aparição do Surfista Prateado, no filme de 2007, Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer, o surfista move o seu corpo em uma posição muito semelhante a Cristo pendente da cruz, antes de sacrificar sua vida para salvar o planeta de Galactus, apenas para levantar do túmulo no último momento do filme. Até mesmo a grande lenda dos quadrinhos Stan Lee descreveu o Surfista como uma figura de Cristo.[4]


Fica claro que Surfista Prateado é uma paródia de anjos, pois ele mesmo se identifica como Arauto de Galactus, um ser primordial com poderes de um deus e que vaga pelo universo devorando mundos. Quando este ser maligno devora mundos, sua comparação com Deus reduz o Criador a um tirano cruel que traz o juízo final aos mundos destruindo impiedosamente milhares de inocentes só para seu apetite egoísta. Galactus é o retrato blasfemo do Deus de Abraão.
Para encontrar esses mundos Galactus tem seus Arautos, seres com poderes semelhantes aos dos anjos, mas o surfista prateado é um deles que se rebela e decide ajudar os fracos humanos a evitarem de que a Terra chegue ao seu fim. Isso lamentavelmente é Satanismo disfarçado! Satanismo é uma espécie de adoração a Satanás, atribuindo a Deus a personalidade do Diabo e ao Diabo a missão de Jesus de libertar e salvar a humanidade.

Participar da cultura pop do universo Márvel e participar de Cristo é possível ao mesmo tempo? Consciente que este é um universo de trevas, ocultismo, satanismo e origens malignas posso ler ou assistir isso e ainda ter comunhão com Deus?

e se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.” 1 João 1:6



[1] https://www.youtube.com/watch?v=Wn_InevgIB0
[2] https://www.youtube.com/watch?v=Wn_InevgIB0
[3] http://clarimdiario1.blogspot.com.br/2013/07/origens-de-super-herois-e-seus.html
[4] http://clarimdiario1.blogspot.com.br/2013/07/origens-de-super-herois-e-seus.html

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Veja São Paulo publica nota sobre ex-modelos adventistas

Veja São Paulo publica nota sobre ex-modelos adventistas
Eles agora seguem o Modelo
Ele fez desfiles para Dior, Armani e Dolce & Gabbana. Ela estrelou propagandas de perfume da Versace e posou para campanhas de lingerie. Os modelos Luca Mendes e Flavia Marchezi, ambos com 32 anos, converteram-se em 2007 à Igreja Adventista do Sétimo Dia. A partir daí, começaram a diminuir o ritmo de trabalho até abandonar a carreira, em 2013. Hoje, eles se dedicam a dar palestras sobre religião e nutrição. “Para isso, usamos os oito remédios com que Deus nos presenteia através da natureza, como água, descanso e confiança em Deus”, afirma Mendes. “Queremos ajudar as pessoas a alcançar a saúde perfeita por meio de uma reforma do estilo de vida”, completa Flavia.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Papa defende o domingo e MG veta direitos dos sabatistas

Papa defende o domingo e MG veta direitos dos sabatistas

Governador Alberto Pinto Coelho

Duas notícias bombásticas e importantes no cenário social/político/profético. Ao mesmo tempo em que o papa Francisco apela para o descanso dominical, o governador de Minas Gerais veta a proposição do texto que prevê garantias nas escolas do estado aos alunos adventistas e demais religiosos que guardam o sábado. Sob o argumento da laicidade do estado, os adventistas ou demais religiosos que guardam o sábado, conforme orienta a Bíblia, são escusados da proposta. O curioso é que ninguém está solicitando trazer a religião para dentro das escolas públicas, mas buscando o direito de exercê-la fora dela. Portanto, fica claro que o ato inconstitucional vem da parte do governo e não dos cidadãos sabatistas. Para os eleitores de Minas Gerais, fica aqui um bom conselho: “O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois, assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 475).

O mais importante neste momento é perceber como as profecias estão se cumprindo gradativamente [veja também este vídeo]. Enquanto há um fortíssimo movimento em defesa do domingo, por outro lado existe forte pressão para erradicar os direitos dos que guardam o sábado. Isso nos diz alguma coisa? Os adventistas do sétimo dia, sob orientação profética/bíblica, ensinam há mais de 150 anos que isso ocorreria no futuro. Portanto, uma vez que esse fato está evoluindo na direção de uma lei dominical, não seria momento para refletir na coerência da mensagem e se preparar para esse grande evento que nos aguarda?

Ellen White foi enfática: “Mais cedo ou mais tarde serão aprovadas leis dominicais” (Review and Herald, 16 de fevereiro de 1905), e que “em breve serão impostas as leis dominicais, e homens em posições de confiança ficarão furiosos com o pequeno número do povo de Deus que guarda os mandamentos” (Manuscript Releases, v. 4, p. 278). Também ponderou que os “princípios católicos romanos serão adotados sob o cuidado e a proteção do Estado. Esta apostasia nacional será rapidamente seguida pela ruína nacional” (Review and Herald, 15 de junho de 1897).

Estamos de fato vivendo em um período de grandes transformações com profecias se construindo rapidamente. Isso indica que devemos nos consagrar definitivamente a Deus, se tivermos interesse em estar preparados para receber a chuva serôdia (poder de Deus que capacitará Seu povo para enfrentar a última crise, além de concluir a pregação do evangelho em todo o mundo). É necessário sacrificar o próprio eu e viver em conformidade com a graça divina, se desejamos estar preparados para enfrentar a última crise. Se formos perseverantes em batalhar por uma vida espiritual reavivada ao lado de Deus, confiando plenamente em Suas promessas e nos envolvendo em Sua causa, Ele nos protegerá das provações que sobrevirão a todos (Ap 3:10). 

A advertência é que “há muitos que estão despreocupados, e se acham, por assim dizer, adormecidos. Eles dizem: ‘Se a profecia predisse a imposição da observância do domingo, a lei certamente será promulgada’, e, tendo chegado a essa conclusão, assentam-se em calma expectativa do evento, confortando-se com o pensamento de que Deus protegerá Seu povo no tempo de angústia. Mas o Senhor não nos livrará se não fizermos algum esforço para realizar a obra que Ele nos confiou. [...] Como fiéis atalaias, deveis dar o aviso ao ver que vem a espada, para que homens e mulheres, pela ignorância, não sigam um rumo que evitariam se conhecessem a verdade” (Review and Herald Extra, 24 de dezembro de 1889).

Lembre-se: “Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para amparar uma religião falsa, à qual se opuseram os seus antepassados, sofrendo com isso a mais terrível perseguição, então o dia de repouso papal será tornado obrigatório pela autoridade mancomunada da Igreja e do Estado. Haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional” (Evangelismo, p. 234, 235). “Quando o Estado usar seu poder para impor os decretos e amparar as instituições da Igreja – então a América Protestante terá formado uma imagem do papado e haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional” (SDA Bible Commentary, v. 7, p. 976). Portanto, o cenário atual nos revela duas verdades: (1) o futuro chegou, e (2) a mensagem adventista é de fato verdadeira...

sábado, 26 de julho de 2014

Sábado x domingo: a polarização profética aumenta

Sábado x domingo: a polarização profética aumenta
É notícia em todos os jornais de Portugal (inclusive esportivos), na TV e na internet: uma procuradora adventista ganhou na justiça o direito de não trabalhar aos sábados (confira aquiaqui e aqui), uma luta que vinha sendo travada há alguns anos. Uma luta pela liberdade religiosa e pela igualdade de direito de culto e consciência, mas que pode ser mal interpretada pela forma como é tratada na mídia, justamente num momento em que a ênfase do descanso recai sobre o domingo, uma vez que o papa Francisco vem dando grande destaque ao assunto, valendo-se de argumentos ecológicos e trabalhistas (confira aqui). Enquanto alguns argumentam que a procuradora adventista está no seu direito de cidadã, outros dizem que ela deveria ter escolhido outra profissão, já que sabia que teria que trabalhar aos sábados. E a polêmica vai crescendo.  

Curiosamente, ontem à noite, aqui no Brasil, um canal de TV evangélico levou ao ar um debate justamente sobre a controvérsia envolvendo o sábado e o domingo. Um pastor adventista participou do programa. E ontem, também, o site Mundo Sustentável publicou a matéria “O ambientalismo radical do papa Francisco” (leia aqui), na qual é dito que o papa está trabalhando numa encíclica sobre o meio ambiente (confira aqui). Não duvido de que nesse documento o líder católico reforçará a proposta de se utilizar o descanso dominical como alternativa para um mundo mais sustentável e justo. Ele já vem dizendo isso há algum tempo.

E se uma nova crise financeira desabar sobre o mundo, como analisa o jornal Económico (confira aqui)? Haverá a necessidade de mais trabalho. E qual dia será escolhido para o descanso semanal oficial?

Há mais de cem anos, Ellen White escreveu: “O sábado será a pedra de toque da lealdade, pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, será traçada a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem. Ao passo que a observância do sábado falso em conformidade com a lei do Estado, contrária ao quarto mandamento, será uma declaração de fidelidade ao poder que se acha em oposição a Deus, a guarda do verdadeiro sábado, em obediência à lei divina, é uma prova de lealdade para com o Criador. Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus. [...] Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de execração universal” (O Grande Conflito, p. 605, 615).

Enquanto um movimento interdenominacional trabalha pela união das igrejas e o Vaticano, pelo domingo, os adventistas do sétimo dia vão sendo conhecidos cada vez mais pela guarda do sábado e por seu “fundamentalismo” criacionista. Creio que essa polarização profética só tenderá a se avolumar. No meio disso tudo, há milhões de pessoas sinceras em busca de Deus e da verdade; pessoas que hoje não têm a dimensão exata dessa controvérsia ou que não viram a questão do sábado em sua devida luz. Fazem parte do povo de Deus, independentemente de que religião professem no momento. Oremos por esses irmãos e também por nossa vida espiritual. Estamos preparados para o que vem por aí?

Michelson Borges

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quem disse que o Brasil é laico?

Quem disse que o Brasil é laico?

[...]
 A grande verdade é que nossa imprensa não é laicista, nem laica, não se ocupa/preocupa com secularismo ou a isonomia no Estado de Direito. Nunca o fez. Exceto no período 1808-1822, quando, a exemplo de Hipólito da Costa, alguns jornalistas-fundadores assumiam-se como maçons e, mais tarde, nos albores da República, quando os positivistas defendiam a rigorosa separação entre Igreja e Estado. Hoje, a forte penetração do Opus Dei nos grandes e médios jornais brasileiros, tanto nos comandos intermediários como na cúpula das entidades corporativas, não permite nem permitirá que o debate sobre o laicismo possa prosperar e ser incorporado à agenda para o aperfeiçoamento democrático.

A prova mais recente foi a cobertura da visita do papa Francisco não apenas intensa, extensa e pouquíssimo isenta como também nada pluralista. Aliás, assumidamente devocional e engajada. Quando a mídia não assume os princípios de tolerância e respeito às diferenças, o Estado adota o mesmo comportamento e incorpora os mesmos favorecimentos.

Jornais impressos não são obrigados a ser equilibrados, mas caso pretendam uma imagem de credibilidade deveriam tentar posturas mais naturais, equidistantes. Porém a TV, sobretudo a TV aberta, é uma concessão pública, do Estado, e, como tal, não pode estar atrelada a uma religião, muito menos transmitir cultos religiosos ao vivo em versão integral.

Não foi o que aconteceu com a cobertura da homilia do papa na quinta-feira (25/7), pela GloboNews, transmitida ao vivo de Copacabana com os/as âncoras in loco, tiritando de frio, porém devidamente aquecidos pela fé religiosa.

Também a via-crúcis, encenada na mesma Copacabana, foi transmitida integralmente (sem comerciais) pela Rede Globo, em TV aberta, ao vivo, na noite de sexta-feira. O único jornalista a registrar o pecado foi Nelson de Sá, da Folha (sábado, 27/7). A Rede Globo não ofereceu explicações. E ninguém cobrou. Nem a Folha, embora o jornal tenha sido o único veículo a contestar as estimativas absurdamente inflacionadas divulgadas pelos organizadores no tocante ao número de participantes dos diferentes eventos da Jornada.

Ao contrário do que aconteceu na Copa das Confederações permeada por críticas e questionamentos, o noticiário geral da JMJ foi energizado pela devoção. Até mesmo as tremendas falhas de organização e logística da prefeitura do Rio foram perdoadas. No balanço final apresentado pelo prefeito Eduardo Paes na segunda-feira (29) ele se autoconferiu a nota dez e ficou por isso mesmo. Assim se constroem factoides e ilusões.

O natural entusiasmo dos jovens peregrinos e a emoção dos cariocas extasiados com a figura benevolente do pontífice foram sutilmente utilizados para maquiar a imperdoável improvisação. A ausência de acidentes ou incidentes nas colossais concentrações humanas nas areias de Copacabana não pode ser tomada como façanha das autoridades. Resultaram da índole de um povo simples, crente, fascinado pelos espetáculos, atraído por uma intensa, demorada e perfeita cruzada motivadora.

Seus autores: a dupla de gigantes da comunicação devidamente irmanados: a igreja católica e a Rede Globo.