Sábado à tarde |
Ano Bíblico: Lv 1–4
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VERSO PARA MEMORIZAR:
"Caminhando junto ao mar da Galileia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e O seguiram" (Mc 1:16-18).
Leituras da Semana:
A morte de Cristo foi o grande equalizador: ela mostrou que todos nós somos pecadores necessitados da graça de Deus. À luz da cruz, as barreiras étnicas, políticas, econômicas e sociais se desmoronam. Às vezes, porém, em nosso evangelismo, nos esquecemos dessa verdade fundamental, e procuramos alcançar especialmente os que poderiam ser considerados "honrados" ou "grandes" aos olhos do mundo.
Não foi assim com Jesus, que percebia a insignificância e o vazio das grandezas e honras mundanas. Na verdade, em muitos casos, as pessoas que mais O perturbaram foram aquelas mais "bem-sucedidas" – os bem situados fariseus, os ricos saduceus e a aristocracia romana. Em contraste com eles, as pessoas "comuns" – carpinteiros, pescadores, agricultores, donas de casa, pastores, soldados e servos – geralmente se aglomeravam e O abraçavam.
Domingo |
Ano Bíblico: Lv 5–7
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Humildes começos
1. Leia Lucas 2:21-28; Marcos 6:2-4; Levítico 12:8. O que esses versos dizem sobre a condição econômica em que Jesus nasceu? Como essa condição teria influenciado Seu ministério?
A oferta da purificação de José e Maria indicou claramente sua origem pobre. Essa tradição surgiu a partir da legislação mosaica registrada em Levítico 12:8, a qual requeria que um cordeiro fosse trazido para essa oferta. No entanto, uma isenção compassiva havia sido provida para os pobres. Em lugar do cordeiro, poderiam ser oferecidos pombos ou rolas por causa das circunstâncias limitadas. Assim, Seu nascimento em um estábulo e as ofertas dadas por seus pais, retratavam Jesus assumindo Sua humanidade no lar de pessoas pobres e "comuns". De fato, a evidência arqueológica também parece indicar que a cidade de Nazaré, onde Jesus passou Sua infância, era relativamente pobre e sem importância. Embora a carpintaria seja um trabalho honrado, ela certamente não O colocava na "elite" da sociedade.
"Os pais de Jesus eram pobres e dependentes de sua tarefa diária. Ele estava familiarizado com pobreza, abnegação e privações. Essa experiência serviu-Lhe de salvaguarda. Em Sua laboriosa vida não havia momentos ociosos para convidar a tentação. Nenhuma hora vaga abria a porta às companhias corruptoras. Tanto quanto possível, fechava a porta ao tentador. Ganho ou prazer, aplauso ou reprovação, não O podiam levar a condescender com uma ação má. Era prudente para discernir o mal, e forte para a ele resistir" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 72).
O Criador de tudo o que foi feito (Jo 1:1-3) entrou na humanidade, não apenas como ser humano, não apenas como criança, o que já teria sido muito surpreendente, mas Ele nasceu em uma família relativamente pobre. Qual é a única maneira de responder a essa atitude tão extraordinária?
Transformando os "comuns"
2. Leia João 2:1-11 e Mateus 15:32-39. Como Jesus usou simples desejos e necessidades cotidianas para fazer discípulos e transformar vidas?
Pessoas "comuns" compartilham desejos físicos, emocionais e sociais. Elas querem nutrição física, valorização pessoal e amizade. Jesus compreendia essas características e Se colocava em situações sociais que Lhe oferecessem oportunidades para alcançar pessoas por meio desses desejos universais.
Quer Jesus estivesse transformando água em vinho não fermentado, quer transformando pescadores em pregadores (Mc 1:16-18), Ele Se especializou em transformar o ordinário em extraordinário. Haviam pessoas que frequentemente questionavam as credenciais pessoais de Jesus (Mc 6:3). Elas contestavam Sua simplicidade. Porque ansiavam o extraordinário, ignoraram o que consideravam comum. Isso pode significar uma perda eterna.
Muitas vezes Jesus procurava pessoas consideradas comuns porque, não sendo autossuficientes, elas estavam dispostas a confiar em Deus completamente para alcançar sucesso. Muitas vezes, pessoas encantadas por talentos, habilidades e realizações próprias não sentem a necessidade de algo maior que elas mesmas. Que engano terrível! Entre os contemporâneos de Cristo, muitos possuíam formação acadêmica superior, posição social ou riqueza pessoal. No entanto, o nome deles há muito tempo foi esquecido. Porém, permanecem na memória pessoas comuns que foram transformadas em testemunhas extraordinárias para Cristo: agricultores, pescadores, carpinteiros, pastores, oleiros, donas de casa e trabalhadores domésticos.
Todos nós tendemos a ser um pouco apaixonado por pessoas bem-sucedidas e ricas, não é mesmo? Você percebe essa atitude em si mesmo? Como você pode aprender a ter em mente o valor de todas as pessoas, independentemente de seu status, fama ou riqueza?
O chamado de um falho pescador
No Novo Testamento, Pedro se destaca como um dos mais importantes de todos os discípulos. Na verdade, ele acabou sendo uma das pessoas mais influentes em toda a história humana. Esse realmente foi um grande exemplo de transformação do "ordinário" para o extraordinário!
3. Leia os seguintes textos. Como eles nos ajudam a entender como Pedro foi transformado de modo tão radical, apesar de seus enormes defeitos?
Lucas 5:1-11. Que palavras de Pedro demonstraram que ele reconhecia sua necessidade de Jesus? Por que é tão importante cultivar essa característica em nossa vida?
Mateus 16:13-17. O que esses versos nos dizem sobre a receptividade de Pedro ao Espírito Santo?
Mateus 26:75. Que atitude de Pedro revela que Deus ainda poderia usá-lo?
Pedro certamente teve muitas experiências poderosas com o Senhor. Embora fosse apenas um pescador "comum", cheio de defeitos, os muitos momentos passados ao lado de Jesus fizeram com que Pedro fosse radicalmente transformado, mesmo depois de ter cometido alguns erros graves, incluindo negar Jesus três vezes, o que o Mestre havia predito.
Um ponto que se destaca na história de Pedro foi o momento em que ele obteve pela primeira vez um vislumbre de quem era Jesus. Ele ficou ciente de suas próprias faltas e as admitiu. Assim, pela paciência e tolerância, Jesus transformou o defeituoso Pedro em alguém que ajudou a mudar a história.
Por que devemos ter muito cuidado para não cair no erro de acreditar que algumas pessoas estão além do alcance da salvação? Por que esse erro é tão fácil de ocorrer?
Avaliação celestial
Certa vez, um evangelista celebrou (talvez até tenha se vangloriado disso) a presença de pessoas de classe alta em seus seminários (seria de se esperar que ele também comemorasse a presença das pessoas mais "comuns").
Com Cristo, no entanto, não existiam distinções de classe. Ninguém era "comum", cada um era uma exceção. Não é de admirar que Jesus tenha alcançado as multidões com ilustrações comuns e discurso objetivo. Nada em Suas ações sugeria que alguém estivesse excluído de Sua preocupação. Em sua ação evangelística, os modernos formadores de discípulos também devem ter muito cuidado para não dar a impressão de que têm mais consideração por alguns do que por outros.
4. Leia Lucas 12:6, 7; 13:1-5; Mateus 6:25-30. O que esses textos ensinam sobre o valor de cada pessoa? Embora a cruz tenha erradicado para sempre a discriminação entre pessoas, será que estamos cometendo esse mesmo erro?
As aves mais baratas no mercado eram os pardais. Pares poderiam ser comprados por um asse, a menor e menos valiosa moeda de cobre. No entanto, pardais insignificantes e comuns não são esquecidos pelo Céu.
Se é assim com os pardais, quanto mais com os seres humanos, por quem Cristo morreu! Cristo morreu por nós, não pelas aves. A cruz revela, de uma forma que não podemos entender, o "valor infinito" (para usar uma expressão muito utilizada por Ellen G. White) de cada ser humano, independentemente de seu status na vida, que é muitas vezes nada mais do que uma invenção humana fundamentada em conceitos e atributos que não fazem sentido no Céu, ou são até mesmo contrários aos princípios do Céu.
Ellen G. White escreveu que "Cristo teria morrido por uma só pessoa, a fim de que ela pudesse viver pelos séculos eternos" (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 73). Uma pessoa! Medite nas implicações desse conceito. Como ele deve influenciar nossa maneira de ver os outros e a nós mesmos?
Quinta |
Ano Bíblico: Lv 15, 16
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Uma sociedade sem classes
Talvez a característica mais atrativa do cristianismo primitivo tenha sido a ausência de distinções de classe. Muros de separação haviam desmoronado sob o peso do evangelho. Por intermédio de Cristo, a pessoa comum triunfava. Jesus transformava o ordinário em extraordinário. Carpinteiros, cobradores de impostos, construtores, rainhas, empregados domésticos, sacerdotes, gregos, romanos, homens, mulheres, ricos e pobres se tornavam iguais no reino da graça de Cristo. Na realidade, a comunidade cristã devia ser uma "sociedade sem classes".
5. O que os seguintes textos ensinam sobre a igualdade humana? Considerando o contexto cultural da época, e dos escritores da Bíblia, por que não deve ter sido fácil para eles entender esse conceito crucial?
Gl 3:28, 29:
Tg 2:1-9:
1Pe 1:17; 2:9:
1Jo 3:16-19:
Leia Atos 2:43-47; 4:32-37. De que forma os primeiros cristãos praticaram o princípio da aceitação universal? Como a ideia de que Deus ama as pessoas comuns permitiu a expansão explosiva do cristianismo primitivo? Ao mesmo tempo, precisamos perguntar a nós mesmos: Temos aplicado esses princípios à nossa maneira de ministrar ao mundo? O que nos impede de fazer o melhor nessa importante área?
Prepare seu coração! Vêm aí dez dias para orar e momentos para jejuar!
Sexta |
Ano Bíblico: Lv 17–19
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Estudo adicional
Leia, de Ellen G. White, Educação, p. 269, 270: "O Trabalho Vitalício"; Evangelismo, p. 564-566: "Trabalho em Favor de Classes Especiais" [subtítulo: "Trabalhar Pela Classe Média"].
"Nessa obra finalizadora do evangelho haverá um vasto campo a ser ocupado; e mais do que nunca a obra deve arregimentar dentre o povo comum, elementos para auxiliar. Tanto jovens como os de maior idade, serão chamados dos campos, das vinhas, das oficinas, e enviados pelo Mestre a dar Sua mensagem" (Ellen G. White, Educação, p. 269, 270).
Perguntas para reflexão
1. Por que Jesus foi tão eficiente em fazer discípulos entre as pessoas comuns? Por que Sua mensagem não foi tão prontamente recebida entre os ricos e mais influentes? Como Sua origem humilde contribuiu para Sua eficiência em alcançar o coração das pessoas comuns? Jesus teria sido eficiente em alcançar as pessoas comuns se tivesse vindo como um príncipe real ou um rico proprietário de terras?
2. Leia 1 Coríntios 1:26-29. Quais são as lições do texto? Paulo escreveu que Deus "escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes". O que significa isso? Esses versos mostram a distorção e perversão dos caminhos do mundo? Estamos envolvidos por esses conceitos corrompidos?
3. O que os grupos de estudo da Bíblia podem fazer para se tornar mais acessíveis para as pessoas comuns? Isso deveria afetar escolha de traduções da Bíblia? Por que devemos nos concentrar em assuntos práticos, em lugar de assuntos teóricos, quando procuramos alcançar pessoas que sofrem e precisam de ajuda?
Respostas sugestivas: Em lugar do cordeiro e do pombo, Maria e José ofereceram dois pombos, um para holocausto e outro para oferta de purificação. Maria e José eram pobres. Jesus podia compreender e salvar as pessoas simples. Seu reino não seria um império político ou militar, mas um reino espiritual. 2. O vinho acabou. A família era pobre. Jesus transformou a água (comum) em algo extraordinário (vinho), símbolo da alegria, indicando que deseja trazer alegria para as famílias. Jesus multiplicou sete pães e alguns peixes (coisas comuns) para alimentar a multidão (feito extraordinário). Ele transforma pessoas comuns em pessoas extraordinárias. 3. Lucas 5:1-11: Pedro se prostrou "aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador". Deus só pode atuar em nossa vida, quando sentimos necessidade dEle. Mateus 16:13-17: Pedro recebeu a luz dada pelo Espírito Santo e reconheceu que Jesus era o Filho de Deus. Mateus 26:75: Pedro negou Jesus, mas depois se arrependeu e chorou amargamente. 4. Nenhum pardal é esquecido por Deus; valemos mais do que muitos pardais e lírios do campo. Mas não podemos nos sentir melhores ou superiores a outras pessoas ou outras denominações. O pecado traz sofrimento a culpados e inocentes. Por isso, devemos nos arrepender dos pecados e confiar em Deus. 5. Seria difícil derrubar as barreiras sociais, mas Cristo tinha poder para isso. Gálatas 3:28, 29: Em Cristo, todos são iguais, porque todos recebem a mesma salvação e a mesma herança de Abraão. Tiago 2:1-9: Não devemos tratar com parcialidade os ricos e pobres; os pobres devem receber honra e consideração da mesma forma que os ricos. 1 Pedro 1:17; 2:9: Somos chamados por Deus para mostrar ao mundo Sua luz, que nos torna uma família especial. 1 João 3:16-19: Nosso amor e unidade serão demonstrados quando dermos a vida (e também os recursos que temos na vida) aos irmãos. Do contrário, amaremos apenas de palavra.
O tempo especial de consagração irá começar no dia 13 de fevereiro! Envolva-se!
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